sexta-feira, 13 de maio de 2016

Uma participação necessária


A Coordenação Nacional de Mulheres do Partido Popular Socialista, ao se rejubilar pela oportunidade histórica que o Brasil está tendo de, a partir de hoje, sob a liderança do presidente Michel Temer, dar os primeiros passos em direção a uma nova governança, transmite seus mais fraternos votos de êxito nesta complexa missão.
Entretanto, convictas de que temos um enorme desafio à frente, e daremos todo nosso apoio e energia para que ultrapassemos este difícil momento de tirar os brasileiros da delicada e profunda crise econômica, social, política e ética em que fomos mergulhados, estamos verdadeiramente preocupadas com a formação da equipe ministerial que não tem nenhuma mulher entre seus nomes.
Esta questão vem de encontro a todos os esforços que temos envidado para que nossos direitos sejam respeitados e, mais ainda, para que avancemos nos ditames democráticos de nossa sociedade. Não podemos viver um retrocesso desta monta; defendemos ser imprescindível reparar este vacilo, convidando uma mulher para integrar a montagem da nova equipe que vai dirigir a máquina administrativa federal. Sem ela, a dificuldade será muito maior.

Brasília, 12 de maio de 2016
Coordenação Nacional de Mulheres do PPS

5° Encontro Regional Norte de Mulheres do PPS

A Mulher na Política é o tema do 5° Encontro Regional Norte de Mulheres do PPS, hoje e amanhã, na Câmara Municipal de Belém. Todos convidados.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Vice-Governadora destaca em Fórum participação das mulheres indígenas na política

Fonte: Agora MS
Publicada em 29 de abril de 2016 às 16:10


Palestra com a vice-governadora nesta manhã durante a programação do Fórum 
Em realização inédita no Estado, o I Fórum de Mulheres Indígenas de Mato Grosso do Sul  teve hoje (29) a participação da vice-governadora Rose Modesto, que ministrou palestra sobre a “Inserção da Mulher Indígena na Política”.  Estiveram presentes no debate, Daiane Vilharva, única mulher em cargo eletivo em MS (vereadora em Japorã), a subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Silvana Dias Albuquerque,  e o secretário de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei), Athayde Nery.
O Fórum foi realizado no Teatro Aracy Balabanian e além de pessoas da sociedade civil e representantes de entidades, estavam 80 mulheres indígenas de aldeias de todo o Estado. “No Brasil temos apenas 8 mulheres indígenas em cargos eletivos, todas vereadoras, uma delas é a Daiane em Japorã. Mesmo para os homens indígenas a distribuição de cargos não é suficiente, são 79 vereadores em todo o Brasil e nove prefeitos e vice-prefeitos. Temos muito de avançar e tenho certeza de que a criação de uma subsecretaria indígena contribui para construir o protagonismo desse povo”, descreveu a vice-governadora, que também citou um dos programas de educação anunciados recentemente pelo governo. Trata-se do Vale Universidade Indígena (PVUI) que elevou o benefício de apoio aos acadêmicos indígenas de R$ 300 para R$ 602,42, e está com inscrições abertas até o dia 9 de maio.
A vereadora Daiane Vilharva está em primeiro mandato, é guarani e de origem da Aldeia Porto Lindo. “Acredito que as mulheres precisam ter a informação de que é possível concorrer e também chegar aos cargos políticos. Elas têm de se interessar por isso”, analisa a indígena, 34 anos, casada, 3 filhos, formada em Letras e Pedagogia com pós-graduação em Linguística.
O Fórum, destaca a subsecretária Silvana, é caminho encontrado para reunir as mulheres indígenas e debater o tema. “É de informação que nós precisamos, mas também precisamos nos conscientizar de que podemos sim disputar um cargo político, enfim, que temos essa capacidade”, descreveu a subsecretária.
O evento começou ontem e segue até hoje. Às 13h30min, haverá palestra sobre “Mulher Indígena e Globalização”, com professores pós-graduados indígenas.
Serviço – O Teatro Aracy Balabanian está localizado na Rua 26 de Agosto, 453, telefone 3317-1792. Entrada franca.

Uma rede de apoio só para mulheres

ROBERTA PENNAFORT - O ESTADO DE S. PAULO
01/05/2016 | 03h000

RIO - No dia 12 de março, a jornalista baiana Sueide Kintê escreveu descompromissadamente em seu perfil no Facebook: “Se você é mulher e precisa de ajuda em alguma das coisas listadas abaixo, eu faço de graça pra você, menina! Estou disponível uma hora por dia”. Na lista, gentilezas como cuidar de crianças, cozinhar massas, trançar cabelo, ensinar a andar de bicicleta, escrever projetos culturais, “só ouvir”. Passados 50 dias, foram cerca de 15 mil compartilhamentos da ideia na rede social. 
Mais de 7 mil mulheres já seguiram o exemplo. Batizado de “Mais Amor entre Nós”, o movimento de apoio mútuo entre desconhecidas se espalhou pelo País. Neste mês, deve ganhar aplicativo para celular e tablet.
Do Rio, a administradora de empresas Rafaela Gama ofereceu aula de inglês, auxílio para tirar visto americano e acompanhamento de pacientes em hospitais. De Porto Alegre, a fotógrafa Carla Kneip se dispôs a registrar eventos infantis para quem não tem condições de pagar. A universitária Orquídea Azevedo, de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, tem dado aulas de reforço de redação a mulheres que estão retomando os estudos. A dona de casa Erika Pissara, de Socorro, interior paulista, vem doando seu tempo para melhorar a alimentação de crianças. 
A campanha chegou até a Camberra, capital da Austrália, onde mora a designer Julia Harger: ela se prontificou a criar a comunicação visual de iniciativas de mães empreendedoras.
“Escrevi de forma despretensiosa, deitada na cama, e hoje as publicações alcançam 72 mil pessoas diariamente”, conta Sueide, que mora em Salvador e milita contra o machismo e o racismo. Ela recebe cerca de 200 mensagens por dia.
“A palavra sororidade (<em>união entre as mulheres</em>) vem sido muito difundida e tem sua importância semântica na disputa de narrativa. Mas, se as mulheres não exercitassem isso há muito tempo, cuidando do filho uma da outra, por exemplo, não existiríamos mais. A solução vai ter de passar pelas mulheres, já que somos nós as principais vítimas dos problemas sociais no Brasil. A mulher cuida dos outros, mas quem cuida de quem cuida?”, questiona Sueide.
Conectadas. O aplicativo do “Mais Amor entre Nós” conectará mulheres que querem ajudar as outras não só com seus préstimos, mas também com doações. A usuária vai se cadastrar e usar o serviço de busca com palavras-chave. O dia e horário em que vão se encontrar serão combinados individualmente. Carla, a fotógrafa gaúcha, de 41 anos, vai encaixar o trabalho voluntário entre os compromissos pagos. “A proposta é excelente e pode ser estendida a famílias, a pais solteiros. Esse tipo de ajuda não é novidade, a diferença é a internet.”
As participantes, de diferentes estratos sociais, são estimuladas a escolher atividades que gostam de executar, para que ajudem as outras com prazer.
No rol das ofertas: caronas, dicas para edição de vídeo, aplicação de reiki, auxílio no pós-parto, organização do lar, conselhos sentimentais, consultoria jurídica, serviço de manicure e de faxina, leituras de tese e aperfeiçoamento de currículo. Inclui até companhia para denunciar companheiros violentos, assistência a mulheres com zika ou àquelas que querem “sair do armário” – uma das frases de impacto escolhidas para divulgar a campanha foi: “é aquela velha história de mulher cuidando de mulher”. No sitewww.maisamorentrenosbrasil.com.br, doações de roupas e livros são anunciadas na seção “Tô Dando, Você Quer?”.
Apoio. A dona de casa Erika, de 26 anos, percebe que algumas mulheres que entram em contato só precisam “de um ombro amigo”. “Assim que vi no Facebook, resolvi participar. Posso ensinar crochê, dar ideias para nomes de blog e lojas. Muita gente achou que era algo ‘fake’, mas é uma corrente feminista do bem”, diz. Orquídea, de 27, ajuda “com o que tem no momento”. “Três mulheres me procuraram porque estão estudando para o Enem. Corrijo textos. Estou desempregada, tenho tempo livre.”
“Tiro uma horinha por dia para isso, cinco vezes por semana, quando minha filha já está dormindo. No segundo dia depois que postei no Facebook, já tinha 200 pedidos de ajuda”, diz Julia, de 30 anos, que cria comunicação visual para empreendedoras. “Como mãe solteira que mora longe da família, fiquei muito emocionada ao saber da campanha, pois sei como as coisas podem ficar difíceis para nós”, afirma.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

27 de abril: Dia Nacional da Empregada Doméstica


Categoria profissional de maior concentração de mulheres no Brasil
O trabalho doméstico, um trabalho como qualquer outro? É sim! Para quem ainda não se deu conta disso, repetimos: É SIM! É um trabalho como outro qualquer e tem que ser encarado assim por todos. Estamos nos referindo a mais um esforço para garantir direitos humanos. Dá preguiça? Dá! Mas fazer o quê?
Essa é mais uma questão cultural entre nós, cuja culpa vem da falta de direitos, da falta de respeito às escolhas, da ignorância das pessoas que se acham melhores do que as outras e insuflam o imaginário popular de as empregadas (a maioria é mulher) serem pobres, sem escolaridade, sem eira nem beira. De serem  pessoas que têm que aceitar qualquer condição oferecida porque não têm outra escolha. Nasceram para ser serviçais, nasceram para ser criadas!!!!
E a tão propalada relação entre patrões e empregada! Deus do céu! Que bobagem! Quanta bobagem! “Fulana é como uma pessoa da família!”
O que é isso, minha gente? Por que fulana tem que ser como uma pessoa da família? Maria, Sueli, Juliana, Célia,.. têm que ser pessoas de direitos, elas têm que trabalhar nas nossas casas com relação de empregada e empregador(es). A relação de amizade vem naturalmente da convivência do dia a dia como são nossas relações com todos que nos cercam.
A(O) cozinheira(o), a(o) faxineira(o), a(o) babá, a(o) jardineira(o), etc. têm hoje (FINALMENTE)  seus direitos trabalhistas equiparados aos dos demais trabalhadores. Uma conquista recente que deu muito “trabalho” aos legisladores, mas, enfim, venceram!!!!! Como diz o artigo abaixo (que recomendamos a leitura), só assim, com a regulamentação de direitos coletivos é que os empregados domésticos alcançarão à dignidade de uma profissão como outra qualquer.
A luta das empregadas domésticas é parte da Plataforma Política das Mulheres do PPS. É assim, parte de nossa luta diária.
Coordenação Nacional de Mulheres do PPS
27/04/2016
Um trabalho como qualquer outro? Precisamos falar sobre trabalho doméstico
Texto de Lisandra Moreira para as Blogueiras Feministas.
Em meio ao atual clima de manifestações, lembro que há algum tempo houve uma polêmica foto de uma família (branca) que foi às manifestações com a empregada doméstica (negra) carregando o carrinho das crianças. Chuva de comentários extremistas para os dois lados.
Uma vontade incontrolável de escrever sobre isso me leva a tentar construir esse texto. Essas reflexões se iniciaram muito antes, colecionando cenas incômodas sobre o tema. Os incômodos nascem de alguns atravessamentos que tornam essa temática tão espinhosa: a diferenciação e a regulamentação recente dessa ocupação, o racismo, a desigualdade econômica, a questão de gênero e o cuidado infantil. Vamos primeiro às cenas, selecionei três:
1. Numa cena acadêmica, uma professora se pergunta se seria possível uma sociedade sem o trabalho doméstico remunerado. Se levarmos ao extremo essa afirmativa: “É impossível uma família que possui outras ocupações viver sem empregadA”, estamos querendo dizer que a vida da família de quem é empregada, é uma vida impossível, ou indigna?
2. Numa cena escolar, onde algumas crianças ao retratar a família haviam incluído a figura da babá, a professora chama atenção dizendo que elas são empregadas e não membros da família. Interessante posição para desconstruir o velho conto de fadas de que são “quase” membros da família. Entretanto, a professora finaliza dizendo que nenhuma babá está ali por escolha, mas por falta de opção, falta de formação. Se alguma daquelas crianças um dia desejou ser cuidadora de crianças naquele momento aprendeu que essa não é uma ocupação digna de escolha.
3. Nas regras de utilização de um Clube Universitário, consta a “permissão” da entrada de babás, desde que devidamente uniformizadas e sem a utilização das dependências do clube. Qual a necessidade dessa demarcação? Ou há a necessidade de uniforme e uso de EPI quando alguma mãe ou pai cuidam do seu filho (se bem que em alguns dias um protetor auricular seria salutar)?
De forma geral, há na discussão dessa temática um grande esforço por parte de quem contrata serviços domésticos de se mostrar como “bom patrão/boa patroa”. Esse esforço só acontece porque a regulamentação do trabalho doméstico equiparado aos outros trabalhadores urbanos é uma conquista extremamente recente. Nesse sentido, o trabalho doméstico não é como qualquer outro trabalho. Basta ver o quanto a PEC das domésticas causou alvoroço ao equiparar a esse trabalho os direitos já conquistados para o restante dos trabalhadores, via CLT. É somente com a regulamentação que se minimizam as diferenças individuais entre determinados patrões, porque estamos falando de direitos coletivos conquistados e não mais da boa vontade e da simpatiza de determinada família.
É preciso contextualizar historicamente não apenas a regulamentação dessa ocupação, mas a construção histórica dessa categoria. “A empregada doméstica” é na sua maioria, ou pelo menos no imaginário social: uma mulher; tem pouca escolaridade, é negra, é pobre. Essa ideia é também uma construção, mas produz efeitos. Parte-se do princípio que é um emprego que paga pouco e com tarefas que ninguém quer fazer e portanto, somente num cenário de poucas escolhas seria aceito.
Carregamos a herança de séculos de escravidão, uma ferida que não será cicatrizada, porque tentamos abafa-la, esconde-la. Há uma relação de desigualdade que é muito forte nessa relação que HOJE é uma relação trabalhista. Não é apenas um empregador e um empregado, não é o contratante de um serviço e o prestador de serviço. Ninguém deixa de escovar os dentes para ir ao dentista, mas as pessoas são capazes de sujar deliberadamente para que a empregada limpe. É nessa lógica que se enquadra a necessidade de diferenciação, de uniforme, marcando quem manda e quem obedece. Aliás, quem manda é porque pode, quem obedece é porque precisa? Não é essa a síntese da desigualdade? Numa sociedade como a nossa em que a fábula da meritocracia diz que quem tem dinheiro é porque mereceu e tem direito de mandar, logo quem não tem dinheiro merece ser mandado.
Um outro incômodo que está nessas questões diz respeito ao gênero e ao cuidado infantil. Ainda vejo muito as acusações quanto à contratação do trabalho doméstico recair sobre as mulheres. Tanto as patroas, quanto as empregadas. Como se assunto feminino fosse. Quando essa questão envolve crianças, fica tudo ainda mais complicado. O canal Porta dos Fundos fez uma crítica a forma como endeusamos as crianças hoje em um de seus vídeos. Numa das cenas, a babá apresenta o filho aos pais quando esse completa 18 anos, porque até então, os pais não sabiam o que fazer com as crianças. E por que hoje não se sabe o que fazer com uma criança? Num mundo em que todas as ações de mães e pais são analisadas e apontadas como causadoras de futuros problemas e traumas para esse sujeito, é bem complicado assumir essa função. Não a toa, as tarefas são rapidamente terceirizadas e desloca-se o bode expiatório para a boa e velha empregada doméstica.
Nesse sentido, a cena da babá com os patrões na manifestação causa mal-estar. Não são aquelas pessoas em si, que inclusive precisam ser respeitadas nas suas escolhas. São as marcas que essa cena carrega. São as cenas que cada um coleciona ao observar a forma como a relação entre empregador e empregado doméstico costuma acontecer. Definitivamente, não é um trabalho como qualquer outro.

AutoraLisandra Moreira é psicóloga, mestre e doutora em Psicologia. Gaúcha, um pouco nordestina e agora também mineira. Feminista, com mais dúvidas do que respostas.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Dia Mundial da Saúde: o desafio do sub-financiamento



Carmen Zanotto*


Neste dia Mundial da Saúde não podemos nos furtar em reconhecer os avanços do SUS ao longo desses 28 anos.

Por outro lado, nunca vivemos uma situação tão complexa quanto ao sub-financiamento do sistema, sobretudo, a partir da vigência da Emenda Constitucional nº 86.
A população brasileira está atônita com o avanço do mosquito Aedes Aegypt, a dengue, o Zika Vírus, e suas consequências, e a síndrome respiratória aguda A (H1N1), que já ceifou vidas em várias unidades da federação, inclusive, em Santa Catarina, meu estado.

Integram esse contexto a dificuldade de acesso a exames básicos como Raio-X, consultas especializadas, cirurgias eletivas, medicamentos, vacinas e procedimentos mais complexos como a garantia do tratamento do câncer por quimioterapia ou radioterapia.
Essas demandas têm algo em comum: refletirmos sobre o significado do Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril. A data nos leva a refletir sobre o risco de colapso pela escassez de recursos que a cada dia é mais evidente e impede que o SUS seja o projeto sonhado e ainda almejado. 

Nesse contexto, há que se incluir as demandas das mulheres no sistema de saúde pública. O que se verifica, por exemplo, na questão da microcefalia são famílias se desestruturando por abandono dos pais e companheiros ante os desafios da enfermidade. 

Mulheres tem sido forçadas a abandonar o trabalho para garantir o cuidado com seus filhos, muitas vezes viajando horas e horas na busca de um diagnóstico definitivo e tratamento adequado ao filho microcéfalo.

Importa ressaltar que a maioria das crianças vão conviver com essas sequelas durante o resto da vida. Suas famílias, igualmente, deverão estar preparadas e amparadas pelo Estado para esse enfrentamento.

Por razões como essas, a logística do Sistema Único de Saúde tem que garantir o acesso integral às políticas públicas às mulheres em idade fértil, gestantes e recém-nascidos.

Logo, como relatora, estou empenhada na aprovação, em segundo turno, da Proposta de Emenda Constitucional 001/2015, por ser instrumento para diminuir o gargalo atual de sub-financiamento na saúde pública.

Ao longo das últimas décadas, a Organização Mundial da Saúde enfrentou vários desafios como epidemias de tuberculose, tétano, poliomielite e HIV.
 Acrescento a acertada escolha da OMS do enfrentamento ao diabetes para a campanha deste ano.
Essas ações são importantes para que a população aprenda a se cuidar e informe-se sobre seus direitos quando o assunto é promoção da saúde.
Mas retomo. O que une todas essas demandas é o sub-financiamento da saúde pública.
Sem mais aportes financeiros, continuaremos a nos deparar com filas na porta de hospitais, com profissionais insatisfeitos, equipamentos precários e o mais delicado: pacientes sem acesso a tratamentos adequados, diferente do que preceitua Constituição Federal, de 1988, ou seja, que a saúde é um direito de todos os brasileiros.


*Deputada Federal 

Veja os videos e acompanhe nossa atuação





Mulheres do PPS querem mais participação no âmbito politico






















O DIA MUNDIAL DA SAÚDE E A POLÍTICA PÚBLICA DE SAÚDE NO BRASIL

Porque o dia mundial da saúde?

O Dia Mundial da Saúde ou World Health Day é celebrado todos os anos pelos 191 países membros da Organização Mundial de Saúde (OMS/WHO). Na América Latina, são sete milhões e meio de profissionais da área, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), órgão que representa a OMS no continente. A data foi criada em 1948 pela Assembleia Mundial da Saúde, foi nesta data para coincidir com a data de fundação da Organização Mundial da Saúde-OMS. O grande objetivo da criação da data seria para despertar nas pessoas a valorização à VIDA, pela qualidade de vida!!!
No entanto, no Brasil é dia de luta para que a União coloque no bolo da saúde 10% de sua arrecadação bruta. Aqui nos remetemos ao congresso Nacional para que lute junto as necessidades das brasileiras e dos brasileiros... nesse item saúde mais 10, paramos para um rico abraço em Carmem Zanotto por seu investimento pela aprovação da PEC da Saúde.
Como pensar a Política Pública de Saúde sem territorializar um determinado lugar? Sem levantar as necessidades de um deste determinado povo. Como falar de política pública de saúde sem mapear uma cidade ou uma unidade federada qualquer que seja: municipal, estadual ou federal!!!
Como falar de Política Pública de Saúde no Brasil sem adentrar a cidade e a complexidade do viver de seu povo?
Para Rubem Alves (2000), a cidade era, para os gregos, um espaço seguro, ordenado e manso, onde os homens podiam se dedicar à busca da felicidade. A cidade brasileira requer que a política pública seja pensada centrada nas necessidades de seus moradores. No Brasil, mulheres e homens necessitam de uma política pública clara, que possa dar conta de seus problemas setoriais, como a saúde, e que sejam estruturadas a partir da realidade e do contexto que vivem as pessoas e as famílias daquele lugar.
E qual política pública de Saúde daria conta dessa aproximação de viver um pouco melhor para todas as pessoas em todas as idades, moradoras e moradores da cidade, seja ela situada em área de campo, de florestas e metrópoles?
 O Sistema Único de Saúde (SUS), da 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), chamada pelo movimento da Reforma Sanitária Brasileira, com os princípios da universalidade, da integralidade e da equidade como justiça
social, e mais ainda da participação popular. Legitimado pela Lei 8.080/90 e pela 8.142/90 é de base populacional e traz como diretrizes a Descentralização, e a hierarquização que nos coloca os três níveis de Atenção como Direito de toda cidadã e todo cidadão brasileiro, a Regionalização muito bem pautada pelo Decreto 7.508/2011 e ainda como diretriz o controle social.
E como o SUS pode responder às necessidades do povo brasileiro? Focamos aqui então a construção social do SUS, este que se afirma com um arcabouço jurídico-normativo talvez o melhor do mundo, que se coloca onde as pessoas moram com suas diversidades e adversidades, que afirma ao mundo a complexidade humana.
E aí como viver a concretude do SUS?  Uma experiência exitosa....
Hoje no Brasil em Tauá, município do semiárido do sertão cearense com uma população de 55.755 habitantes (IBGE-2010), 58% da população é urbana, sua densidade demográfica é de 14hab/km2, tem PIB per capita de R$ 4.964,24 (IBGE/2010), sua extensão territorial é de 4018,188km2. A princesa dos Inhamuns, a terra do carneiro talvez de sabor dos melhores do Brasil, senão do mundo! IDH de 0,633 (PNUD/2010).
A prefeita de Tauá Cearense Patrícia Pequeno, mulher de fala simples, acolhedora de tod@s, investe na Política Pública de Saúde. Nos fez acreditar  que acredita no SUS e junto ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e outras parcerias organizou a Rede de Atenção à Saúde, totalmente pública e em momento de crise em nosso país. A Atenção Primária à Saúde (APS) do município de sua governança regula as condições crônicas como conceitua Mendes (2012). A APS de Tauá-CE, coordena por meio das Estratégias de Saúde da Família, o cuidado às pessoas-famílias cobertas por uma equipe com responsabilização. Articula às especialidades e a retaguarda hospitalar para as condições crônicas, a saúde da mulher e da criança é uma prioridade com estratificação de riscos. Em Tauá Cearense todas as profissionais e todos os profissionais fazem o SUS acontecer, é formação em Rede e aqui destaco o médico que também trabalha pela política centrada na/o usuária/usuário – a abordagem é familiar. O banco de horas funciona mais e melhor que o privado de grande parte do país. A usuária ou o usuário é acolhida/o na sala de recepção pelos profissionais inclusive pelo médico e adentra a todos os consultórios inclusive da médica e do médico junto aos profissionais.
BRASIL, VAMOS À TAUÁ-CEARÁ! O SUS FUNCIONA! AVANTE 7 DE ABRIL DE TODOS OS ANOS POR TODOS E TODAS AS GESTORAS E GESTORES DO SUS!!!

Jane Monteiro Neves
Mestre em Enfermagem. Professora da UFPA
Conselho Consultivo da Coordenação Nacional
de Mulheres do PPS

quarta-feira, 30 de março de 2016

A República patriarcal está nua!


Nosso país está chorando, como nunca. Um choro pela gravíssima crise política, econômica e ética que está vivendo. Um choro forte pela perda de emprego para quase dez milhões de homens e mulheres, assim como um choro de tristeza pela inflação que está tirando os ganhos dos brasileiros e minando suas parcas economias. O impacto dessa crise nas pautas das mulheres provoca muito mais do que lágrimas. Provoca soluços altos porque afeta as famílias por inteiro. Afeta os adultos, as crianças, os idosos, os doentes...
Mascarar esta gravíssima crise política, econômica e ética colocando a culpa na Operação Lava-Jato é ainda parte do delírio e mau-caratismo de figura pública que deveria saber qual seu papel na história e não manchá-lo com a vergonha da mentira e do escárnio! A Operação Lava-Jato é a única coisa que está levantando o astral dos brasileiros e das brasileiras. Mostra que podem ter esperanças de vivenciar uma prática política republicana num futuro próximo. Entretanto, este governo que insiste em não ver a constitucionalidade aflorada na possibilidade de impedimento da presidente, tenta barrar as investigações de todas as formas.
Todas nós que clamamos por uma sociedade democrática defensora do combate à corrupção, precisamos ficar atentas para que as instituições não sejam golpeadas por pedaladas jurídicas.
Não devemos nos iludir com um prazo muito curto, mas podemos nos iludir com o início de um processo de politização que levará responsabilidade a todo o povo por mais participação e mais fiscalização no trato da coisa pública. Achamos que uma linha de corte na sociedade em relação à educação política é muito bem-vinda: em breve nossa história poderá estar marcada por um antes e um depois da Operação Lava-Jato.
Um item gravíssimo que ainda não temos condições de avaliar é o imaginário construído do papel das mulheres na política. Nós mulheres não estávamos influenciando as políticas públicas às mil maravilhas. Nem tudo eram flores na luta pelo empoderamento das mulheres e na luta de sua pauta de direitos, mas não tínhamos tantos retrocessos como nestes últimos seis anos; retrocessos que poderão levar a democracia a esmorecer. Não são somente as instituições que mantêm a democracia em pé. É também seu povo com homens que enxerguem a presença da mulher na política como um bem natural e necessário.
Hoje temos a presença da mulher na mais alta função política e temos as mulheres nas ruas fazendo coro por um governo competente e inclusivo. Fazendo coro a favor do impeachment da presidente por discordâncias políticas, econômicas e éticas. Esta forma de gestão de governo lulodilmapetista nos afeta desde o primeiro mandato. Além disso, as mentiras da candidata durante a campanha de reeleição nos envergonharam e nos deixaram sequelas. Não é desta forma que queremos ver a mulher na política. Queremos que ela traga uma nova forma de governar, que provoque a diferença no trato com a coisa pública e com políticas inclusivas a toda a população.
Estes motivos nos levariam às ruas qualquer que fosse o gênero do governante. Não perdemos e não perderemos o poder de indignação! Não somos e não seremos condescendentes com formas primárias de política.
E toda forma de machismo nos atinge e à nossa família, abala nossa dignidade e nossa luta contra todas as formas de agressão contra a mulher. Finalizamos gritando que a escuta legítima dos telefonemas da Operação Lava-Jato com o protagonismo da maior liderança petista e a imediata liberação das absurdas falas desnudou ainda mais a forma virulenta da República patriarcal e dos seus atuais dirigentes.
Nossa dignidade como mulher é a dignidade humana!
Coordenação Nacional de Mulheres do PPS
Março de 2016

terça-feira, 22 de março de 2016

Da tribuna, Carmen critica ofensas de Lula às mulheres

A deputada federal Carmen Zanotto (PPS-SC) criticou em pronunciamento na última sexta-feira (18) analisadas como ofensivas ás mulheres, divulgadas pela imprensa após ter acesso a conversas grampeadas com autorização judicial.
“Quero falar da forma como o ex-presidente da República refere-se aos Poderes do País, e, em especial, às mulheres brasileiras. Alguém poderia me dizer: Mas foi na sua intimidade. Foi numa conversa entre amigos. Foi numa conversa de telefone, que não tinha ninguém escutando”, comentou a parlamentar.
Segundo Carmen Zanotto,  são nas relações privadas que as mulheres são violentadas todos os dias. “É na intimidade das casas que formamos nossos filhos. Nós os educamos para a vida. Filhos que passam a ouvir e a reproduzir comportamentos machistas, sexistas e violentos, não podemos aceitar nem sob a justificativa de que foi na intimidade de uma A gravação entre amigos”, completou.
“Vou me permitir, na condição de mulher deste Parlamento, falar sobre as conversas dos grampos que foram divulgadas. Quero falar da forma como o ex-presidente da República refere-se aos Poderes do País, e, em especial, às mulheres brasileiras”, detalhou.
Para a parlamentar, que é coordenadora-adjunta da Secretaria das Mulheres, da Câmara dos Deputados, não se pode amenizar a gravidade dos termos ofensivos usados por Lula em razão de ter sido numa conversa de telefone, que em princípio não tinha ninguém escutando.
“Não me importa, em absoluto, o estado em que ele se encontrava naquele momento. O que importa são as palavras que foram ditas. Como mulher deste Parlamento, aprendi a admirar as valorosas mulheres do PT e dos demais partidos da base do Governo. São mulheres que foram questionadas sobre onde elas estavam. Eu lhe respondo, Senhor ex-Presidente da República: se o senhor não está acompanhando o trabalho delas, eu lhe digo que elas estão neste Parlamento, estão nesta tribuna, sangrando para defendê-lo, mas estão defendendo-o”, encerrou Carmen Zanotto.

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O governo de uma mulher e seu impacto na pauta feminina









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terça-feira, 8 de março de 2016

8 de Março,Dia Internacional da Mulher - Por Todas Lutamos!



08 de março 2.jpg
Reafirmamos alto e em bom som que nesta data nos mobilizamos enfaticamente pela luta das mulheres por seus direitos! Nela, homenageamos as 129 operárias de Nova Iorque, mortas e queimadas, em reivindicação por melhores salários e condições de trabalho, nos idos de 1857.

De lá para cá, não temos mulheres mortas às portas das fábricas, mas temos mortes e mais mortes delas por falta de direitos à saúde, à educação, ao empoderamento, daí nossas homenagens a estas também.

O quadro de educação deficitária ou da falta dela, de cultura do machismo e sua reafirmação nos levam a números exagerados de mortes de mulheres que não têm força física e emocional para se contrapor à violência masculina física e psicológica. Vejamos alguns números do Mapa da Violência:

08 de março1.jpg• Femicídios – Em 2012, houve 4.719 mortes por meios violentos (4,7 assassinatos por 100 mil mulheres), sendo que 38% foram mortas pelos parceiros. Num universo de 84 países, o Brasil ocupa o 7º lugar! Se não houver mudança, até 2050, 330 mil de nossas mulheres serão assassinadas.

08 de março 4.pngO Brasil é o país que mais mata travestis e mulheres trans no mundo. Mata quatro vezes mais do que o México, o segundo mais violento. “Essas pessoas nunca foram tratadas como cidadãs, sempre foram empurradas para as ruas pelas famílias, pela escola e pela sociedade. Queremos tratá-las como gente, com a opção de se prostituir ou não” – afirma Rogério Sottili, secretário de Direitos Humanos do município de São Paulo.

08 de março 3.jpgSegundo aONU Mulheres, ‘existe uma combinação cruel entre sexismo e racismo’: só em 2013 foram mortas 66,7% mais mulheres negras do que brancas. A exploração sexual de mulheres e meninas indígenas é um problema crescente. Pesquisa realizada pelo  DataSenado, naquele ano, identificou que 13,5 milhões de mulheres já haviam sofrido algum tipo de agressão. Saúde, segurança pública, justiça, educação, trabalho, habitação, assistência social, entre outras áreas enfrentam juntas esta questão ou nunca avançaremos para reduzir tais índices.

• Mortalidade Materna – Em 2013, 65 mil mulheres morreram no Brasil por hemorragia, hipertensão, infecção e aborto. A altíssima taxa de cesáreas, o excesso de intervenções desnecessárias, a falta de treinamento de equipes especializadas e a proibição do aborto são alguns dos fatores apontados como barreiras para que o risco diminua mais no país.

De todos os fatores de risco, o aborto é o que menos depende do sistema de saúde, esbarrando na legislação que só permite o procedimento em caso de estupro, feto anencéfalo ou risco à saúde da mulher.

As projeções variam, mas estima-se que entre 800 mil e 1,2 milhão de mulheres fazem abortos a cada ano, em casa ou em clínicas clandestinas. E dia sim, dia não, uma mulher morre porque o procedimento deu errado.
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• Empoderamento – Empoderamento significa a mulher apropriar-se de seu direito de existir na sociedade, ter voz ativa em todas as instituições de governança participando em igualdade com os homens no diálogo público e nas tomadas de decisão além de influenciar naquelas que irão determinar o futuro de suas famílias e de seus países. Os esforços mundiais e nacionais para incluir a igualdade de gênero e o empoderamento feminino nas ações para redução da pobreza, construção da governabilidade democrática, prevenção de crises e recuperação e promoção do desenvolvimento sustentável têm que ser prioridades governamentais.
Luta por seus direitos quem os reconhece, mas acima de tudo quem se reconhece como digno deles. A educação permanece como o único caminho seguro para aí chegar. A consciência da cidadania, o conhecimento de seus direitos por sua inclusão social, a educação da sociedade para que considere a mulher e a respeite abre portas e facilita o árduo caminho a ser percorrido.

Empoderamento passa também pelo conceito de cidades mais democráticas, mais inclusivas. Cidades que considerem o poder econômico das mulheres, seu papel de chefe de família, seu direito de ir e vir, de se preparar e aos seus para uma vida digna e prazerosa partilhando suas escolhas, suas dores e suas alegrias com seus companheiros, seus filhos, seus idosos...

Enfim, mais um 8 de Março que atravessamos, um dia de reflexões pelas mortes das operárias americanas de 1857, e das milhares de mortes de mulheres de todas as idades, de todas as seitas, de todas as cores que mancham impiedosamente a democracia brasileira com a falta de direitos civis e cidadania aos brasileiros e às brasileiras indistintamente.
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Mas nós acreditamos! Acreditamos na política e no seu poder de transformação. Não deixaremos que nenhum dos direitos conquistados com muita luta se perca nas cabeças do Legislativo mais conservador dos últimos tempos. Nem se perca no meio desta crise sem precedentes. Vamos continuar acolhendo a ideia de que princípios éticos e sociais e política se misturam. Continuaremos nossa luta! Ela é nobre! Ela é possível! Mulheres e direitos são sinônimos!


Coordenação Nacional de Mulheres do PPS
Brasília, 8 de Março de 2016


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sábado, 27 de fevereiro de 2016

Coordenadora Nacional participa de fomaçao do PPS diversidade23 no Mato Grosso do Sul


Nossa Coordenação foi pensada a trabalhar de forma transversal na luta pelos direitos femininos não podíamos jamais deixar de fora o importante debate da comunidade LGBT para isso temos uma parceria com o núcleo Diversidade23 e nossa Coordenadora Ana Claudia Ledesma assim como nossa vereadora Luzia Ribeiro participarão da reunião que inicia os trabalho do Diversidade23 MS 




Nos desejamos coragem e força aos que estao na defesa da pessoa humana e reiteramos nosso compromisso de junt@s ir sempre alem, logo mais teremos novidades sobre a parceria das duas forças ! #VemcomaGente!