sexta-feira, 13 de maio de 2016

Uma participação necessária


A Coordenação Nacional de Mulheres do Partido Popular Socialista, ao se rejubilar pela oportunidade histórica que o Brasil está tendo de, a partir de hoje, sob a liderança do presidente Michel Temer, dar os primeiros passos em direção a uma nova governança, transmite seus mais fraternos votos de êxito nesta complexa missão.
Entretanto, convictas de que temos um enorme desafio à frente, e daremos todo nosso apoio e energia para que ultrapassemos este difícil momento de tirar os brasileiros da delicada e profunda crise econômica, social, política e ética em que fomos mergulhados, estamos verdadeiramente preocupadas com a formação da equipe ministerial que não tem nenhuma mulher entre seus nomes.
Esta questão vem de encontro a todos os esforços que temos envidado para que nossos direitos sejam respeitados e, mais ainda, para que avancemos nos ditames democráticos de nossa sociedade. Não podemos viver um retrocesso desta monta; defendemos ser imprescindível reparar este vacilo, convidando uma mulher para integrar a montagem da nova equipe que vai dirigir a máquina administrativa federal. Sem ela, a dificuldade será muito maior.

Brasília, 12 de maio de 2016
Coordenação Nacional de Mulheres do PPS

5° Encontro Regional Norte de Mulheres do PPS

A Mulher na Política é o tema do 5° Encontro Regional Norte de Mulheres do PPS, hoje e amanhã, na Câmara Municipal de Belém. Todos convidados.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Vice-Governadora destaca em Fórum participação das mulheres indígenas na política

Fonte: Agora MS
Publicada em 29 de abril de 2016 às 16:10


Palestra com a vice-governadora nesta manhã durante a programação do Fórum 
Em realização inédita no Estado, o I Fórum de Mulheres Indígenas de Mato Grosso do Sul  teve hoje (29) a participação da vice-governadora Rose Modesto, que ministrou palestra sobre a “Inserção da Mulher Indígena na Política”.  Estiveram presentes no debate, Daiane Vilharva, única mulher em cargo eletivo em MS (vereadora em Japorã), a subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Silvana Dias Albuquerque,  e o secretário de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação (Sectei), Athayde Nery.
O Fórum foi realizado no Teatro Aracy Balabanian e além de pessoas da sociedade civil e representantes de entidades, estavam 80 mulheres indígenas de aldeias de todo o Estado. “No Brasil temos apenas 8 mulheres indígenas em cargos eletivos, todas vereadoras, uma delas é a Daiane em Japorã. Mesmo para os homens indígenas a distribuição de cargos não é suficiente, são 79 vereadores em todo o Brasil e nove prefeitos e vice-prefeitos. Temos muito de avançar e tenho certeza de que a criação de uma subsecretaria indígena contribui para construir o protagonismo desse povo”, descreveu a vice-governadora, que também citou um dos programas de educação anunciados recentemente pelo governo. Trata-se do Vale Universidade Indígena (PVUI) que elevou o benefício de apoio aos acadêmicos indígenas de R$ 300 para R$ 602,42, e está com inscrições abertas até o dia 9 de maio.
A vereadora Daiane Vilharva está em primeiro mandato, é guarani e de origem da Aldeia Porto Lindo. “Acredito que as mulheres precisam ter a informação de que é possível concorrer e também chegar aos cargos políticos. Elas têm de se interessar por isso”, analisa a indígena, 34 anos, casada, 3 filhos, formada em Letras e Pedagogia com pós-graduação em Linguística.
O Fórum, destaca a subsecretária Silvana, é caminho encontrado para reunir as mulheres indígenas e debater o tema. “É de informação que nós precisamos, mas também precisamos nos conscientizar de que podemos sim disputar um cargo político, enfim, que temos essa capacidade”, descreveu a subsecretária.
O evento começou ontem e segue até hoje. Às 13h30min, haverá palestra sobre “Mulher Indígena e Globalização”, com professores pós-graduados indígenas.
Serviço – O Teatro Aracy Balabanian está localizado na Rua 26 de Agosto, 453, telefone 3317-1792. Entrada franca.

Uma rede de apoio só para mulheres

ROBERTA PENNAFORT - O ESTADO DE S. PAULO
01/05/2016 | 03h000

RIO - No dia 12 de março, a jornalista baiana Sueide Kintê escreveu descompromissadamente em seu perfil no Facebook: “Se você é mulher e precisa de ajuda em alguma das coisas listadas abaixo, eu faço de graça pra você, menina! Estou disponível uma hora por dia”. Na lista, gentilezas como cuidar de crianças, cozinhar massas, trançar cabelo, ensinar a andar de bicicleta, escrever projetos culturais, “só ouvir”. Passados 50 dias, foram cerca de 15 mil compartilhamentos da ideia na rede social. 
Mais de 7 mil mulheres já seguiram o exemplo. Batizado de “Mais Amor entre Nós”, o movimento de apoio mútuo entre desconhecidas se espalhou pelo País. Neste mês, deve ganhar aplicativo para celular e tablet.
Do Rio, a administradora de empresas Rafaela Gama ofereceu aula de inglês, auxílio para tirar visto americano e acompanhamento de pacientes em hospitais. De Porto Alegre, a fotógrafa Carla Kneip se dispôs a registrar eventos infantis para quem não tem condições de pagar. A universitária Orquídea Azevedo, de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, tem dado aulas de reforço de redação a mulheres que estão retomando os estudos. A dona de casa Erika Pissara, de Socorro, interior paulista, vem doando seu tempo para melhorar a alimentação de crianças. 
A campanha chegou até a Camberra, capital da Austrália, onde mora a designer Julia Harger: ela se prontificou a criar a comunicação visual de iniciativas de mães empreendedoras.
“Escrevi de forma despretensiosa, deitada na cama, e hoje as publicações alcançam 72 mil pessoas diariamente”, conta Sueide, que mora em Salvador e milita contra o machismo e o racismo. Ela recebe cerca de 200 mensagens por dia.
“A palavra sororidade (<em>união entre as mulheres</em>) vem sido muito difundida e tem sua importância semântica na disputa de narrativa. Mas, se as mulheres não exercitassem isso há muito tempo, cuidando do filho uma da outra, por exemplo, não existiríamos mais. A solução vai ter de passar pelas mulheres, já que somos nós as principais vítimas dos problemas sociais no Brasil. A mulher cuida dos outros, mas quem cuida de quem cuida?”, questiona Sueide.
Conectadas. O aplicativo do “Mais Amor entre Nós” conectará mulheres que querem ajudar as outras não só com seus préstimos, mas também com doações. A usuária vai se cadastrar e usar o serviço de busca com palavras-chave. O dia e horário em que vão se encontrar serão combinados individualmente. Carla, a fotógrafa gaúcha, de 41 anos, vai encaixar o trabalho voluntário entre os compromissos pagos. “A proposta é excelente e pode ser estendida a famílias, a pais solteiros. Esse tipo de ajuda não é novidade, a diferença é a internet.”
As participantes, de diferentes estratos sociais, são estimuladas a escolher atividades que gostam de executar, para que ajudem as outras com prazer.
No rol das ofertas: caronas, dicas para edição de vídeo, aplicação de reiki, auxílio no pós-parto, organização do lar, conselhos sentimentais, consultoria jurídica, serviço de manicure e de faxina, leituras de tese e aperfeiçoamento de currículo. Inclui até companhia para denunciar companheiros violentos, assistência a mulheres com zika ou àquelas que querem “sair do armário” – uma das frases de impacto escolhidas para divulgar a campanha foi: “é aquela velha história de mulher cuidando de mulher”. No sitewww.maisamorentrenosbrasil.com.br, doações de roupas e livros são anunciadas na seção “Tô Dando, Você Quer?”.
Apoio. A dona de casa Erika, de 26 anos, percebe que algumas mulheres que entram em contato só precisam “de um ombro amigo”. “Assim que vi no Facebook, resolvi participar. Posso ensinar crochê, dar ideias para nomes de blog e lojas. Muita gente achou que era algo ‘fake’, mas é uma corrente feminista do bem”, diz. Orquídea, de 27, ajuda “com o que tem no momento”. “Três mulheres me procuraram porque estão estudando para o Enem. Corrijo textos. Estou desempregada, tenho tempo livre.”
“Tiro uma horinha por dia para isso, cinco vezes por semana, quando minha filha já está dormindo. No segundo dia depois que postei no Facebook, já tinha 200 pedidos de ajuda”, diz Julia, de 30 anos, que cria comunicação visual para empreendedoras. “Como mãe solteira que mora longe da família, fiquei muito emocionada ao saber da campanha, pois sei como as coisas podem ficar difíceis para nós”, afirma.