24 de fevereiro:
Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil
Tereza Vitale (pela informação)
Até o início do século 20, o voto, era um direito exclusivo dos homens em quase todo o mundo.
O primeiro voto feminino
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Em 24 de fevereiro
de 1932 o presidente do Brasil Getúlio Vargas institui o Código Eleitoral
Brasileiro, dando o direito de voto e de elegibilidade às mulheres. Entretanto,
somente nas eleições de 3 de maio de 1933 as mulheres vão às urnas pela 1ª vez.
E com grande pompa: a paulista Carlota Pereira de Queirós é eleita entre os 254
deputados eleitos.
A luta pelo voto
feminino começa, no Brasil, muitos anos antes de 1933. Ainda no final dos anos
1800 a luta já corria solta e a Constituição Republicana de 1891 já poderia ter
trazido este feito! Teríamos sido o 1º país a libertar as mulheres deste vexame
de serem pessoas de 2ª classe. Neste final de século e na 1ª década do século
20, o voto feminino despertou as feministas que se mobilizaram para participar
da vida política de seus países. A Nova Zelândia foi o precursor em conceder o
direito ao voto às mulheres, em 1893.
As mulheres que se mobilizaram pelo direito feminino ao voto
ficaram conhecidas como sufragistas (pelo direito de votar). Iniciaram
seu movimento pacificamente em 1897 no Reino Unido e, à medida que avançavam na
luta por maior visibilidade, a repressão tornava-se mais brutal. Nesse sentido
vale assistir o filme “As Sufragistas” (Suffragette, 2015) que nos faz voltar
no tempo e mostra as ativistas chamando a atenção da sociedade com suas prisões
e greves de fome. Mostra a militante Emily Eilding Davison que se jogou diante
do cavalo do rei da Inglaterra em 1913, tornando-se a primeira mártir do
movimento. Valeu a luta! Em 1918 as mulheres do Reino Unido conquistam o
direito ao voto! Um bonito filme!
Inspiradas nesta
luta e em outras pelo mundo afora, hoje, as mulheres já conquistaram seus
direitos civis na maioria dos países.
Mesmo com as dificuldades, a luta das
sufragistas brasileiras era alimentada pelas companheiras inglesas e
americanas. A bióloga Bertha Lutz, um dos maiores nomes na defesa dos direitos
políticos das mulheres brasileiras, fundou a Liga pela Emancipação Intelectual
da Mulher, na década de 1920, com a anarquista Maria Lacerda de Moura. Além
delas, Eugenia Moreyra, a primeira jornalista mulher de que se tem notícia no
Brasil, era uma sufragista declarada em seus artigos, que continham frases
como: “A mulher será livre somente no dia em que passar a escolher seus
representantes”.
Curiosamente, cinco anos antes da lei de
Getúlio, ocorreu o primeiro voto feminino e a primeira eleição de uma mulher no
Brasil, ambos no Rio Grande do Norte. Em 1928, na cidade de Mossoró, Celina
Guimarães Viana, de 29 anos, cadastrou-se em um cartório para ser incluída na
lista de eleitores das eleições daquele ano. Também naquele ano, uma
fazendeira, Alzira Soriano de Souza, foi eleita prefeita na cidade de Lajes, no
mesmo estado. Em um caso que gerou repercussão, a Comissão de Poderes do Senado
impediu que o voto de Celina fosse reconhecido e que Alzira tomasse posse no
cargo.
Só rindo (ou chorando), mesmo! A conquista do
voto feminino deu-se somente no século 20!
Algumas datas da
conquista da emancipação feminina:
Nova Zelândia – 1893; Alemanha – 1918; Suécia – 1919; Estados Unidos – 1920; Brasil – 1934; Canadá – 1940; China – 1949; Índia – 1950; México – 1953; Suíça – 1971; Iraque – 1980; África do Sul – 1994 (ainda hoje com restrições do apartheid).
Nova Zelândia – 1893; Alemanha – 1918; Suécia – 1919; Estados Unidos – 1920; Brasil – 1934; Canadá – 1940; China – 1949; Índia – 1950; México – 1953; Suíça – 1971; Iraque – 1980; África do Sul – 1994 (ainda hoje com restrições do apartheid).
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